Marcos Alaniz
Member
Olá pessoal, entrei no fórum há pouco tempo, está sendo um apoio muito importante para sanar várias dúvidas que tenho quanto a produção de cervejas.
Um breve histórico.Sempre tive vontade de fazer cerveja, e quando tive a sorte de poder visitar outros países com cultura de fazer cerveja em casa, dei o start num kit modesto (01 Panela BIAB + Fermentador).
Com esse kit fiz minha primeira cerveja, uma Red Ale que pro meu paladar ficou equilibrada. Sempre busco opiniões sinceras, e separar os comentários dos amigos que afagam e os que querem realmente contribuir para minha melhora como cervejeiro.
Sou biólogo, e tenho a cultura do laboratório no sangue. A questão da organização, método, e repetição fizeram a diferença na minha curva de aprendizado. Apesar disso, sempre me coloco na posição de aprendiz de tudo o que puder melhorar, e compartilhar com os outros.
Minha segunda cerveja foi uma American IPA com Dry Hop, que ficou boa, mas não tão aromática assim. Fiz o dry hopping com aqueles infusores de chá (não tinha hop bag), e no final o espaço para extrusão ficou pouco e não liberou os aromas como eu acho que poderiam. Enfim, lições que aprendemos na prática.
Minha terceira cerveja foi uma Irish Dry Stout que fiz segundo a receita do meu amigo Arthur da MalteSul de Porto Alegre. Achei equilibrada também, mas creio que posso fazer melhor. Seguimos em frente.
Minha última criação é um clone da Tripel Karmeliet belga com coentro e laranja, que fiz há duas semanas. Algumas das dicas do pessoal daqui foram determinantes para eu não fazer aqueles erros típicos de ansiosos. Se quiserem eu compartilho a receita. Vou relatar o processo, e alguns percalços:
Tive um excesso de bolhas de fermentação no início, que levou um pouco de sedimento para o Air Lock, mas troquei por um limpinho (sanitizado, claro) e em seguida a fermentação seguiu seu curso. Fermentei por uma semana a 18º, e consegui atenuar de 1,075 (OG) para 1,012 (FG) que pelos meus cálculos deram graduação alcoólica de 8,3, o que para mim é uma vitória, já que é a minha primeira cerveja de graduação mais alta.
Tentei elevar a temperatura na segunda semana, deixando a geladeira aberta, mas tivemos uma frente fria (moro em Rio Grande, no RS) e derrubou as temperaturas (08:00 da manhã, e agora está 17º, mas à noite chega a 10º facinho). Enfim, ontem fechei a fermentação secundária quando ao voltar de viagem de 2 dias encontrei um pouco de mofo na volta do balde, onde havia pingado um pouco da cerveja das medições. A vedação do balde e do AirLock continua intacta. Liguei novamente a geladeira e estou aguardando a temperatura baixar até o máximo para a maturação. Pretendo deixar mais uma semana, antes de fazer a limpeza com gelatina e o envase+primming.
Bom, esse é o relato básico, e posso ir complementando a partir daí. Aguardo comentários, e vou atualizando o post conforme as coisas forem se desenrolando
Um abraço cervejeiro
Marcos.
Um breve histórico.Sempre tive vontade de fazer cerveja, e quando tive a sorte de poder visitar outros países com cultura de fazer cerveja em casa, dei o start num kit modesto (01 Panela BIAB + Fermentador).
Com esse kit fiz minha primeira cerveja, uma Red Ale que pro meu paladar ficou equilibrada. Sempre busco opiniões sinceras, e separar os comentários dos amigos que afagam e os que querem realmente contribuir para minha melhora como cervejeiro.
Sou biólogo, e tenho a cultura do laboratório no sangue. A questão da organização, método, e repetição fizeram a diferença na minha curva de aprendizado. Apesar disso, sempre me coloco na posição de aprendiz de tudo o que puder melhorar, e compartilhar com os outros.
Minha segunda cerveja foi uma American IPA com Dry Hop, que ficou boa, mas não tão aromática assim. Fiz o dry hopping com aqueles infusores de chá (não tinha hop bag), e no final o espaço para extrusão ficou pouco e não liberou os aromas como eu acho que poderiam. Enfim, lições que aprendemos na prática.
Minha terceira cerveja foi uma Irish Dry Stout que fiz segundo a receita do meu amigo Arthur da MalteSul de Porto Alegre. Achei equilibrada também, mas creio que posso fazer melhor. Seguimos em frente.
Minha última criação é um clone da Tripel Karmeliet belga com coentro e laranja, que fiz há duas semanas. Algumas das dicas do pessoal daqui foram determinantes para eu não fazer aqueles erros típicos de ansiosos. Se quiserem eu compartilho a receita. Vou relatar o processo, e alguns percalços:
Tive um excesso de bolhas de fermentação no início, que levou um pouco de sedimento para o Air Lock, mas troquei por um limpinho (sanitizado, claro) e em seguida a fermentação seguiu seu curso. Fermentei por uma semana a 18º, e consegui atenuar de 1,075 (OG) para 1,012 (FG) que pelos meus cálculos deram graduação alcoólica de 8,3, o que para mim é uma vitória, já que é a minha primeira cerveja de graduação mais alta.
Tentei elevar a temperatura na segunda semana, deixando a geladeira aberta, mas tivemos uma frente fria (moro em Rio Grande, no RS) e derrubou as temperaturas (08:00 da manhã, e agora está 17º, mas à noite chega a 10º facinho). Enfim, ontem fechei a fermentação secundária quando ao voltar de viagem de 2 dias encontrei um pouco de mofo na volta do balde, onde havia pingado um pouco da cerveja das medições. A vedação do balde e do AirLock continua intacta. Liguei novamente a geladeira e estou aguardando a temperatura baixar até o máximo para a maturação. Pretendo deixar mais uma semana, antes de fazer a limpeza com gelatina e o envase+primming.
Bom, esse é o relato básico, e posso ir complementando a partir daí. Aguardo comentários, e vou atualizando o post conforme as coisas forem se desenrolando
Um abraço cervejeiro
Marcos.